quinta-feira, 15 de maio de 2008

O problema económico: necessidades/ bens escassos


Todos sabemos que perante a multiplicidade das necessidades que sentimos, somos forçados a optar pela satisfação daquelas que consideramos mais prementes. De forma mais ou menos consciente, definimos uma escala de prioridades, ordenando por ordem decrescente as necessidades que desejamos satisfazer.
Só após este ordenamento das necessidades é que iremos diligenciar a obtenção dos bens e serviços aptos a satisfaze-las.
Assim, quando, por exemplo, um estudante recebe a mesada ou semanada, certamente vai ter de escolher entre a ida a discoteca ou ao cinema, a compra de um livro ou de uma camisola, ir almoçar com amigos ou guardar parte para as próximas ferias… vai chegar a conclusão que o dinheiro não chega para tudo, confortando-se com o problema da limitação de meios.
Outros aspectos óbvios e que o dinheiro de que s dispões pode ser usado de modo alternativo: quais as necessidades que vai satisfazer, uma vez que não podem satisfazer todas? O nosso estudante vai ser, pois, obrigado a optar.
Se transpusermos a questão para a colectividade, á escala de um pais ou do mundo, facilmente compreenderemos a sua complexidade. Enquanto as necessidades individuais e colectivas aumentam são ilimitadas, os recursos disponíveis, incluindo os naturais, são escassos. Nisto reside o essencial do problema económico: a escassez de recursos capazes de satisfazerem a multiplicidade das necessidades humanas.

A escassez generalizada
“É bastante difícil encontrar muitas coisas na comunidade em que vivemos que não exibam esta qualidade de relativa escassez. E em relação a todos os fins que pretendemos atingir, os nossos meios para tanto, reduzidos á sua forma original – os recursos fornecidos pela natureza, a nossa energia física e mental e o tempo á nossa disposição -, são determinadamente limitados”
O problema económico é, por isso, essencialmente um problema que surge da necessidade da escolha – escolha da maneira como recursos limitados com usos alternativos são utilizados. Por exemplo, há muitas coisas que podem ser produzidas (e necessidades que podem ser satisfeitas) com o ferro ou trigo e o trabalho que permitiu fazê-lo. Mas, qualquer que seja a coisa produzida, qualquer que seja a necessidade a satisfazer, as outras possibilidades de produção e as outras satisfações de necessidades terão de ser abandonadas.
A escolha apresentada, pois, um custo determinado custo de oportunidade, igual ao valor das satisfações que se renuncia em virtude da própria escolha. Por exemplo, o custo de oportunidade de uma hora de lazer é o salário horário a que renuncia.

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