sexta-feira, 30 de maio de 2008

Curiosidades

Veículos Movidos a Hidrogénio

Ao contrário do que se possa pensar os veículos movidos a hidrogénio não são nenhumas “aberrações”, antes pelo contrário têm o aspecto de veículos comerciais actuais, pois foram desenvolvidos sobre eles mesmo. Apresentamos de seguida alguns exemplos de automóveis ligeiros de várias marcas:
- BMW – de 2000, circula no aeroporto de Munique- Daimler Chrysler – os famosos NECAR, desde 1994 com o NECAR 1 até ao NECAR 5.2 já em 2002.- Opel – modelo Zafira – já contam com três modelos, sendo o mais recente de 2001.- VW – modelos de 1999 a 2002.- Ford – Modelo Think, estão na senda do que outros fabricantes já conseguiram, sendo o Focus de 2002- Peugeot – dois modelos, um utilitário e um taxi, ambos de 2001.- Fiat – modelo Seiscento de 2001- Renault – modelo de 1997, bastante conhecido, com parceria com a Nissan



Temos também os japoneses:- Honda – modelo FCX; presente desde 1999, já vai no 5º protótipo em 2002.- Toyota – modelo FECV, presente desde 1996, já vai no 5º modelo, em 2002.- Mazda – dois modelos, de 1997 e 2001, com base em veículos da marca- Hyundai - 2 modelos, de 2000 e 2001, na categoria dos SUVE os chineses, estes provenientes de Universidades, mas também já de fábricas:- Universidade XingHua em Pequim – apresentamos o 5 e 6º protótipo, ambos de Março de 2001.- Fábrica da GM em Xangai – o 7º protótipo, de Outubro de 2001Os autocarros começaram primeiro e estão também já muitos dos modelos presentes em cidades europeias e em demonstração noutros cantos do mundo merecem também o destaque:- Daimler Chrysler – o NEBUS, ZEBUS e o mais recente modelo CITARO (em circulação em Lisboa, mas não o modelo com células de combustível.- Man – o seu modelo de 2001- Renault e IVECO – o IRIBUS de 2001- Neoplan – modelo alemão já em comercialização; os modelos são de 1999 e 2000.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

A tua opiniao conta!

Nesta postagem quero mostrar o que alguns alunos da nossa escola disseram em relação a esta temática.

“Para bem das nossas finanças, e claro do ambiente, é fundamental aproveitarmos os recursos energéticos renováveis. O sol, a biomassa, a água, o vento, a energia das ondas e das marés e a geotermia são alguns dos recursos que podemos utilizar para diminuir o valor da factura energética que pagamos todos os meses.” (João Ribeiro)

“Realmente em relação a este assunto não poderei dizer muita coisa. Tomei conhecimento das energias alternativas á pouco tempo. Sei que Portugal está a investir nessa área, vi que aqui na nossa escola, este ano, se preocuparam de um certo modo em dar a conhecer as energias do futuro. Na minha opinião ainda há muito para se fazer, e com a contribuição de todos nós, conseguimos um ambiente mais saudável.” (Fernanda Pereira)

“Por vezes deparamo-nos com algumas escolhas e não sabemos qual o caminho tomar, tenho neste momento uma casa a ser construída, e reparei que existem alguns requisitos que estão ligados as energias renováveis, no meu caso energia solar. Eu penso que esta iniciativa, por parte do estado, é correcta, nós vivemos num mundo cada vez mais poluente e temos que tomar medidas para que tal não aconteça.” (José Silva)

“Na minha opinião, cada vez mais temos que nos preocupar com esta temática, o futuro do nosso planeta depende bastante das nossas escolhas correctas. Tenho um colega meu que no âmbito da disciplina de Área Projecto, construiu um carro movido a energia solar, penso que e uma óptima maneira que dar conhecimento desta energia na nossa escola, ainda existe muitas dúvidas neste tema, mas com um devido esclarecimento, podemos mudar o rumo do nosso planeta, até porque todos os dias vimos que o preço do petróleo está sempre a aumentar, e recentemente os preços dos cereais seguiu o mesmo rumo. Temos que tomar medidas!” (Ana Teixeira)

deixem também a vossa ;)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Energias





"Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.", Lavoisier.

Recursos Naturais Renovaveis

Os recursos energéticos constituem, nos nossos dias, factores fundamentais para a vida do Homem e para a actividade industrial.
Na Natureza existe um conjunto variado de produtos com os quais o Homem pode obter diferentes tipos de energia chamados recursos energéticos ou fontes de energia.
Estes recursos podem ser de dois tipos: renováveis ou não renováveis.
O progresso da humanidade tem-se verificado a um ritmo crescente graças a contributos variados.
Podem estabelecer-se as seguintes fases relativamente à energia utilizada.
1ª. Inicialmente o homem recorria à sua própria força ou à dos animais, do vento e dos cursos de água, à combustão da madeira, passando à exploração de carvões para dar resposta as exigências colocadas pela a máquina a vapor (1780) surgida no começo da Revolução Industrial.
2ª Desde os fins do século XIX até meados do século XX ocorreu a descoberta nova fontes de energia de que são exemplos o petróleo, o gás e a hulha branca (água armazenada por barragens) e de uma nova forma de energia – a electricidade.
O consumo mundial de energia aumenta muitíssimo, com saliência para o acréscimo verificado à custa da exploração do petróleo e do gás natural.
3ª Presentemente, alguns países assentam na descoberta de uma nova forma de energia, a nuclear.
O consumo de energia não cessa de aumentar, o que levanta alguns problemas.
De facto, as fontes de energia são esgotáveis designando-se mesmo por recursos não renováveis. Isto compreende-se bem quando sabemos que o carvão e o petróleo que hoje utilizamos se formaram há cerca de 250-300 milhões de anos, em consequência da decomposição, na ausência de ar, de plâncton e de florestas, respectivamente.
Também as reservas de urânio, utilizado nas centrais nucleares, tenderão a esgotar-se.


Novas fontes de energia

Face às perspectivas de esgotamento das fontes de energia que têm vindo a ser utilizadas, procura-se recorre a soluções alternativas baseadas no aprovetamento de recursos renováveis. São exemplos:
Ø Energia hidroeléctrica, obtida em centrais instaladas em barragens.
Ø Energia solar, utilizada para produzir calor por meio de colectores.
Ø Energia geotérmica, obtida a partir do calor que provém do interior da Terra.
Ø Energia maremotriz, que aproveita a força das ondas e das marés.
Ø Energia eólica, conseguida a partir da força do vento.
Ø Biomassa, resultante da fermentação ou da destilação de resíduos orgânicos

Recursos Naturais nao Renováveis


Os recursos naturais da Terra não são infinitos e, por outro lado diz-se que não são renováveis: a sua formação, no decorrer de uma história geológica, foi tão lenta que não tem comparação possível com o ritmo em que estão a ser explorados e consumidos. Cerca de 80% da energia consumida em 1985 foi obtida a partir do petróleo, carvão e gás natural.
O aumento da utilização dos recursos energéticos reflecte a evolução técnica (desde a máquina a vapor ao micro circuito), assim como o crescimento da população humana.
O rápido aumento do consumo do petróleo depois da Segunda Guerra Mundial, por exemplo, é indicativo do desenvolvimento da indústria e dos transportes.
O máximo consumo de carvão teve lugar por volta de 1920; o petróleo atingiu o seu consumo máximo no princípio dos anos setenta, com pouco mais de 40%.
Espera-se que o gás natural, menos poluente, aumente a sua contribuição para o consumo total de energia.


Eis alguns recursos energéticos não renováveis e como são utilizados:

· O carvão foi a energia utilizada na primeira fase da Revolução Industrial mas constitui, ainda hoje, um recurso energético muito importante, nomeadamente na produção de energia eléctrica e aço.

· O petróleo é um recurso não renovável resultante da transformação da matéria orgânica, constituindo actualmente a fonte de energia mais utilizada e a base da actual sociedade industrial. A sua utilização é fundamental na produção de energia eléctrica, combustíveis para os transportes e máquinas industriais, e ainda como matéria-prima para um conjunto diversificado de produtos (plástico, por exemplo).
Esta fonte de energia substitui historicamente o carvão.

· O gás natural em conjunto com os dois recursos energéticos atrás referidos constitui, actualmente, as principais fontes de energia doméstica e industrial.


· A energia nuclear apesar de ter sido recebida com muito entusiasmo, devido ao seu potencial energético e baixo custo, tem sido progressivamente abandonada em consequência dos impactes e problemas relacionados com os resíduos agravados após o acidente de Chernobyl.

Recursos Naturais e Economia dos Recursos Naturais

É pois delicada a fronteira entre recursos renováveis e recursos esgotáveis. A Economia dos Recursos Naturais faz portanto a distinção entre os recursos cujo esgotamento é inelutável e os outros:

O que são Recursos Naturais?

Se são recursos, é porque podem ter utilidade na satisfação das necessidades humanas, e no desenvolvimento da actividade económica. Se são naturais, é porque não foram feitos pela actividade humana. É difícil defini-los. Por isso há muitas tentativas de descrevê-los.

“As principais classes de recursos naturais são as terras agrícolas e florestais e os seus múltiplos produtos e serviços, as zonas naturais preservadas com um fim estético, científico ou de lazer, as pescas em água doce ou salgada, os recursos naturais energéticos e não energéticos, as fontes de energia solar, eólica e geotérmica, os recursos de água e a capacidade de assimilação de desperdícios pelo conjunto das partes do meio ambiente.”
(Howe C. W. (1979) Natural Resource Economic; Issues, Analysis and Policy, John Wiley and Sons, New York)

Os recursos naturais são muito numerosos e muito variados, e existem muitos modos diferentes de os agrupar, conforme o critério de classificação usado:
• As suas características físicas e biológicas;
• O seu modo de produção e reprodução;
• O seu tempo de reconstituição;
• Etc…

Para um economista eles são, na melhor das hipóteses, factores de produção que, combinados com o trabalho, o capital e as matérias-primas, produzem bens e serviços.


O tempo é um componente crucial na análise económica dos recursos naturais, pois permite distinguir diferentes tipos de recursos:
􀂾 um recurso renovável – é um recurso natural que pode fornecer indefinidamente inputs a um sistema económico.
􀂾 um recurso não renovável – é um recurso natural esgotável, com um stock finito ou uma oferta finita.
Num sentido, todos os recursos são renováveis, somente o seu tempo de reconstituição é que varia. A maioria dos recursos naturais pode ser esgotada, desde que seja utilizado um ritmo de utilização que provoque uma diminuição das suas disponibilidades até as anular.

A economia e os Recursos

Todos os seres humanos têm a necessidade de consumir um certo número de bens para garantir a sua sobrevivência e a reprodução da espécie.
􀀾 A nossa necessidade de sobrevivência, como indivíduos e como espécie, é um facto que se nos impõe.
􀀾 No limite, podemos dizer que pela nossa sobrevivência somos capazes de tudo...!


Este é o aspecto REAL da Economia. Podemos então definir Economia como sendo toda a actividade humana realizada com o objectivo de garantir a nossa sobrevivência como indivíduos e como espécie.


Mas os bens, ou os meios, ou seja, os recursos que utilizamos e consumimos com vista à nossa sobrevivência são Escassos. E além do mais, têm usos Alternativos.
􀀾 Por isso cada sociedade se vê na obrigação de definir um conjunto de normas que determinem a forma como esses recursos escassos são destinados a usos distintos e alternativos.
􀀾 Cada sociedade cria portanto o seu sistema formal de decisões – Sistema Económico – que se encontra encastrado num determinado universo social.


Este é o aspecto FORMAL da Economia. É a Economia vista como o estudo dos modos como as sociedades destinam e aplicam os seus recursos escassos. Ou seja, a Economia vista como o conjunto de explicações que os Economistas encontram para responder a este lado Formal.


Assim, todas as sociedades fazem por encontrar respostas a algumas questões que lhes são básicas, nomeadamente:

1. Que bens e serviços devem ser produzidos para que a sociedade sobreviva e se reproduza?
2. Como devem esses bens e serviços ser produzidos?
3. Como devem esses bens e serviços, que são produzidos, ser distribuídos entre os membros da sociedade?

Portanto, os Economistas tentam compreender:

1. Como as pessoas se comportam e como as instituições funcionam, quando produzem, trocam ou utilizam bens e serviços?
2. Quais os mecanismos que permitem encorajar a eficiência na produção e uso de bens materiais, serviços e recursos?
3. Como se pode criar e desenvolver um padrão de distribuição de rendimentos que a sociedade no seu todo considere como aceitável?


Os Economistas dificilmente reconhecem uma dimensão física à economia, e que esta dimensão mais não é que uma permanente TRANSFORMAÇÃO da NATUREZA. Mas:
􀀾 A actividade económica extrai da natureza os materiais que utiliza (recursos, escassos), e torna a lançar sobre esta os desperdícios que produz.
Estamos no fundo a falar de um movimento, ou fluxo, que é duplo:





É este duplo movimento que divide o estudo das relações entre economia e ambiente em dois grandes capítulos:



A ECONOMIA DOS RECURSOS NATURAIS: que descreve
os princípios segundo os quais se realiza a extracção dos recursos que, depois de transformados, originam os bens económicos.

A ECONOMIA AMBIENTAL: que descreve as modalidades segundo as quais podem ser geridos e atenuados os despejos e as poluições, ou seja, os desperdícios e as nocividades, provocados pela actividade económica.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O Principio da Racionalidade Economica

Dispondo de bens e escassos e a susceptíveis de diversas utilizações alternativas, as pessoas vão aplica-los na satisfação das suas múltiplas necessidades de modo a conseguírem a máxima satisfação – nisto consiste o principio da racionalidade económica.

A racionalidade económica traduz-se, por um lado, na máxima realização e, por outro, na economia de meios.

Exemplifiquemos:

- o consumidor individual – procurando obter a máxima satisfação das suas múltiplas necessidades com um rendimento limitado, vai, por um lado, satisfazer primeiro as necessidades mais prementes ( máxima realização) e, por outro, adquirir os bens ao menos preço possível( economia de meios)

- a empresa - procurando obter os maiores lucros possíveis, vai, por um lado, reduzir os custos de produção economia de meios) e, por outro, vender os bens ao preço mais elevado possível ( máxima realização).

- o estado – vai afectar os recursos escassos de que dispõe para a satisfação das necessidades colectivas, procurando proporcionar o máximo bem-estar aos cidadãos (máxima realização) ou produzir bens e serviços com o mínimo de recursos (economia de meios).

Vemos, assim, como é importante que as escolhas sejam racionais, que as opções na satisfação das necessidades, quer individuais quer colectivas, sejam feitas no sentido de maximizar a sua satisfação. Isto tendo sempre em consideração que há que preservar os recursos no sentido de permitir que as futuras gerações possam também garantir a satisfação das suas necessidades.

O problema económico: necessidades/ bens escassos


Todos sabemos que perante a multiplicidade das necessidades que sentimos, somos forçados a optar pela satisfação daquelas que consideramos mais prementes. De forma mais ou menos consciente, definimos uma escala de prioridades, ordenando por ordem decrescente as necessidades que desejamos satisfazer.
Só após este ordenamento das necessidades é que iremos diligenciar a obtenção dos bens e serviços aptos a satisfaze-las.
Assim, quando, por exemplo, um estudante recebe a mesada ou semanada, certamente vai ter de escolher entre a ida a discoteca ou ao cinema, a compra de um livro ou de uma camisola, ir almoçar com amigos ou guardar parte para as próximas ferias… vai chegar a conclusão que o dinheiro não chega para tudo, confortando-se com o problema da limitação de meios.
Outros aspectos óbvios e que o dinheiro de que s dispões pode ser usado de modo alternativo: quais as necessidades que vai satisfazer, uma vez que não podem satisfazer todas? O nosso estudante vai ser, pois, obrigado a optar.
Se transpusermos a questão para a colectividade, á escala de um pais ou do mundo, facilmente compreenderemos a sua complexidade. Enquanto as necessidades individuais e colectivas aumentam são ilimitadas, os recursos disponíveis, incluindo os naturais, são escassos. Nisto reside o essencial do problema económico: a escassez de recursos capazes de satisfazerem a multiplicidade das necessidades humanas.

A escassez generalizada
“É bastante difícil encontrar muitas coisas na comunidade em que vivemos que não exibam esta qualidade de relativa escassez. E em relação a todos os fins que pretendemos atingir, os nossos meios para tanto, reduzidos á sua forma original – os recursos fornecidos pela natureza, a nossa energia física e mental e o tempo á nossa disposição -, são determinadamente limitados”
O problema económico é, por isso, essencialmente um problema que surge da necessidade da escolha – escolha da maneira como recursos limitados com usos alternativos são utilizados. Por exemplo, há muitas coisas que podem ser produzidas (e necessidades que podem ser satisfeitas) com o ferro ou trigo e o trabalho que permitiu fazê-lo. Mas, qualquer que seja a coisa produzida, qualquer que seja a necessidade a satisfazer, as outras possibilidades de produção e as outras satisfações de necessidades terão de ser abandonadas.
A escolha apresentada, pois, um custo determinado custo de oportunidade, igual ao valor das satisfações que se renuncia em virtude da própria escolha. Por exemplo, o custo de oportunidade de uma hora de lazer é o salário horário a que renuncia.

Bens e sua classificaçao


Podemos dizer que um bem é tudo aquilo que se utiliza para satisfazer as necessidades do Homem. Contudo, nem todos os bens que satisfazem necessidades são bens económicos. Por exemplo, como já vimos, o ar que respiramos existe em quantidades ilimitadas e por isso os consumidores nada pagam para o obter – é um bem livre, isto é, um bem que satisfaz necessidades não económicas. No entanto, a maior parte dos bens existe em quantidades limitadas e o Homem necessita de desenvolver um esforço para os obter através da produção. Estes bens, que satisfazem necessidades económicas, designam-se por bens económicos.
Os bens económicos podem ser objecto de diferentes classificações, de acordo com os seguintes critérios: a natureza física dos bens, a utilização dos bens, a duração dos bens e as relações entre os bens. Assim, teremos a seguinte classificação dos bens:



Critério da natureza física dos bens:
- Bens materiais: os bens podem assumir uma forma material, tais como uma cadeira, uma máquina, etc.
- Serviços: os bens podem, no entanto, não se concretizar num objecto físico, limitando-se a constituir um acto, ou seja, um serviço, como os serviços prestados pelos Bancos e pelas Companhias de Seguros.



Critério da utilização dos bens:


- Bens de produção: são bens que permitem produzir outros bens, por exemplo, o tear utilizado na indústria têxtil.


- Bens de consumo: são bens que satisfazem de imediato as necessidades dos consumidores como a alimentação, vestuário, serviços, etc.



Critério da duração dos bens:


- Bens duradouros: são aqueles cuja utilização se estende por um período de tempo bastante longo – é o caso das empilhadoras, das televisões, etc.


- Bens não duradouros: são os bens que são destruídos durante o acto de utilização – por exemplo, o pão, as bebidas, etc.



Critério das relações entre os bens:


- Bens substituíveis: são aqueles que podem ser substituídos uns pelos outros para satisfazer a mesma necessidade – o café pela chicória ou o vinho pela cerveja


- Bens complementares: são os bens que só satisfazem a necessidade a que se destinam desde que utilizados conjuntamente com outros bens – caso do automóvel e a gasolina ou o café e o açúcar.

Necessidade e a sua clasificação

O objectivo da actividade económica é satisfazer as necessidades através da produção. O termo necessidade é utilizado muito frequentemente no nosso quotidiano e designa, geralmente, um estado de carência ou de mal-estar que se sente pela falta de qualquer coisa ou pela não realização de qualquer acto, por exemplo, a necessidade de comer ou de ir ao cinema. Contudo, na terminologia económica, a noção de necessidade engloba tudo aquilo que se deseja, desde uma refeição num restaurante até uma jóia mais cara. As necessidades renovam-se e diversificam-se constantemente, podendo ser consideradas ilimitadas. Apresentam ainda outras características tais como a multiplicidade, pois os indivíduos desejam cada vez mais coisas, para além daquelas que são indispensáveis à sua sobrevivência; a saciabilidade, ou seja, a intensidade de uma necessidade diminui à medida que é satisfeita; a interdependência, isto é, as necessidades ou são substituíveis umas pelas outras, por exemplo, o cinema pela discoteca, ou são complementares, como é o caso do automóvel e da gasolina.
A classificação das necessidades pode ser feita de acordo com os seguintes critérios: a natureza das necessidades, o modo de satisfação das necessidades e o custo das necessidades. Assim, de acordo com estes critérios, teremos a seguinte classificação das necessidades:



Critério da natureza das necessidades:
- Necessidades primárias: são aquelas cuja satisfação é indispensável para assegurar a sobrevivência do indivíduo (alimentação, vestuário, etc.)
- Necessidades secundárias: dizem respeito a tudo aquilo que é necessário, mas não é indispensável à sobrevivência do ser humano (leitura, divertimentos, etc.)
- Necessidades terciárias: compreendem o supérfluo (por exemplo, as jóias, os perfumes, etc.)

As necessidades variam de país para país, de modo de vida para modo de vida e, dentro da mesma sociedade, variam consoante os grupos sociais. Assim, enquanto na Alemanha possuir um frigorifico é considerada uma necessidade primária, nos países subdesenvolvidos tal necessidade pode ser considerada um “luxo”. Igualmente as necessidades variam no tempo. Com efeito, muitas das necessidades primárias dos nossos dias, eram há décadas atrás consideradas supérfluas.


Critério do modo de satisfação das necessidades:
- Necessidades individuais: são aquelas cuja satisfação é pessoal. No entanto, a sua não satisfação individual não impede que os outros membros da colectividade satisfaçam essa mesma necessidade (o facto de um individuo ter fome não significa que tal aconteça a todos os membros da colectividade).
- Necessidades colectivas: são aquelas que resultam da vida em sociedade e dizem respeito a todos os seus membros. Estas necessidades são satisfeitas por bens necessários a toda a colectividade (necessidade de segurança, de justiça, etc.)
Estas duas categorias de necessidades são interdependentes, pois para a colectividade se interessar por exemplo por comprar carro (uma necessidade individual), é necessário que as infra-estruturas como as estradas (necessidade colectiva) estejam ao nível dessa satisfação.

Critério do custo das necessidades:
- Necessidades não económicas: são aquelas cuja satisfação não implica o dispêndio de moeda (por exemplo, a necessidade de respiração, pois nada pagamos pelo ar)
- Necessidades económicas: as necessidades não económicas são uma excepção porque geralmente somos obrigados a despender moeda para satisfazer as nossas necessidades.